Cansados de ouvir notícias ruins todos os dias nos noticiários, Iara e Eduardo Xavier, decidiram largar a rotina para viver em busca de bons exemplos pelo Brasil. Em 2011, o casal vendeu o apartamento em Minas Gerais e tomou a atitude de viajar pelo país para conhecer pessoas que fazem a diferença na comunidade onde vivem. Eles acreditam que existem mais ações positivas do que ações negativas no mundo. E, ao percorrer mais de 220 mil quilômetros pelo país e catalogar 1.150 projetos, os Caçadores de Bons Exemplos conheceram o Programa A União Faz a Vida, que completa 20 anos em 2015, e resolveram percorrer 20 cidades dos 11 estados brasileiros que possuem o PUFV para descobrir histórias inspiradoras.

Entre os municípios escolhidos, um deles foi Tapera, e no sábado, 15, os caçadores vieram conhecer a escola Francisca Cerutti, da Vila Elisa, e foram até a casa da aluna Bruna Natália Ales da Silva. O dirigente da Sicredi Integração Rota das Terras RS, Sérgio Luiz Tonello; a assessora de Programas Sociais do Sicredi, Laís Paulata; a secretária municipal de Educação, Maria Regina Bósio Salvadori; a coordenadora local do Programa A União Faz a Vida, Verônica Spezia de Matos; a diretora da escola, Márcia Maldaner; e a professora e supervisora da escola, Josemári Eckstein, acompanharam o casal.

De maneira voluntária, Iara e Eduardo vão produzir 20 documentários para mostrar a importância do trabalho do PUFV nas comunidades. Conforme o casal, a transformação vem através da educação e eles sonham com o dia em que todas as escolas do país possam trabalhar com o programa de educação cooperativa.

A diretora da EMEF Francisca Cerutti, Márcia Maldaner, disse que o PUFV auxilia o trabalho contínuo dos professores e que é possível notar as mudanças no envolvimento dos alunos e educadores no processo de aprendizagem. “O programa possibilita desenvolver as habilidades das crianças, gerando uma ampliação no conhecimento das mesmas. A educação pode ser melhorada se houver trabalho em equipe, realizado com amor, dedicação e doação”, falou.

Para a supervisora e coordenadora do PUFV na escola, Josemári, o brilho no olho, as descobertas do mundo do aluno, o olhar para a comunidade, a participação no processo de aprendizagem, através de uma troca de saberes, são os significados que o PUFV representa para ela. “A satisfação do aluno no momento da aprendizagem faz com que ele descubra o quanto é bom aprender, ser protagonista da aprendizagem e mais participativo. Aprender na escola o que se vai vivenciar no mundo, através das relações”, salientou.

Depois de conhecer a Escola Francisca Cerutti, os caçadores foram conhecer a casa da aluna Bruna Natália, que teve toda sua vida influenciada pela escola e pelos projetos do Programa A União Faz a Vida. “Na escola a gente quer buscar mais, ir além do possível, tentar gerar novidades. E se questiona o que seriam as pessoas sem a educação, pois ela abre portas, traz reconhecimento”, ressaltou Bruna. A aluna participa de diversos projetos e isso, segundo ela, proporcionou muito crescimento e conhecimento para a sua vida. “Hoje eu ganhei um trabalho em uma escola devido a estes projetos. Sou auxiliar de educação e lá as crianças me chamam de professora. Se eu posso, muitas pessoas podem”, disse.

Para a assessora de Programas Sociais do Sicredi é gratificante ver o trabalho do PUFV sendo reconhecido como referência nacional em educação cooperativa. “São 20 anos que o Sicredi desenvolve o programa em parceria com as prefeituras municipais, pois acredita que a educação é o bem mais precioso de uma criança e de um adolescente. Aprender, ensinar e resgatar valores como respeito, diálogo, justiça, solidariedade, cooperação e empreendedorismo é o que se acredita enquanto programa”, falou Laís.