terça-feira, 21 de maio de 2013
Onde está a fiscalização?
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Com o título 'Onde está a fiscalização?' o editorial da Folha Espumosense deste sábado, 18 de maio, questiona a ação dos órgãos de fiscalização governamentais, tanto no caso do leite como na Boate Kiss.
Reproduzimos aqui o texto da Folha por achar que é importante apurar a responsabilidade de todos os envolvidos e que se cobre das autoridades uma fiscalização mais eficiente:
Na fraude do leite, onde estavam os serviços de inspeção dos governos estadual e federal? O carimbo (veja ao lado nas caixinhas) do Ministério da Agricultura, não estão ali para bonito. Ele garante que o produto foi inspecionado. No caso do leite adulterado, o governo fiscalizou o quê? Seu SIF mostrou-se fraudulento nos casos descobertos na semana passada. É caso de responsabilizar os agentes públicos.
O crime da adulteração do leite é muito parecido com o caso da boate Kiss, Santa Maria, porque em ambas as ocorrências os governos tiram o corpo fora, responsabilizam os empreendedores, e nada assumem como responsáveis pela aplicação e fiscalização dos requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a qualidade do produto.
Quem certifica se os produtos são bons ou ruins são os governos federal e estadual. É claro que houve falha deles e passaram a avisar que de agora em diante vão cumprir as exigências da lei. O mesmo vem ocorrendo com a liberação de alvarás pelo Corpo de Bombeiros, depois da tragédia de Santa Maria.
Quem explica como ficam os consumidores que ingeriram a mistura de leite com ureia, coliformes na água não potável e formol? Como se apresentam, depois deste fato descoberto as autoridades competentes para garantir segurança alimentar à população? Este foi um caso escancarado ao público. Com a facilidade com que ocorreu, quem garante ser o único?
O problema não é só dos consumidores, mas também das 200 mil famílias do RS que produzem leite e não fraudam, sendo responsáveis por 12% do produto que é colocado no mercado brasileiro. Os Estados de Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, a Argentina e o Uruguai, estão atentos à desgraça gaúcha, porque abre-se um leque de mercado, por conta da desconfiança generalizada que se instalou a partir dos milhões de litros de leite contaminados serem vendidos e consumidos como se bom e saudáveis fossem.
A fraude desencadeada em Ibirubá e Selbach, vem de municípios de famílias tradicionais de herança germânica, que nesta região foram grandes responsáveis pelo desenvolvimento da agricultura e pecuária. Exímias na culinária, suas receitas incopiáveis são levadas à mesa de todos levam leite entre os ingredientes. Família conhecidas pela labuta diária e exemplos de trabalho e empreendedorismo.
Quem prestou-se a esta fraude torpe e mórbida, sem medir o raio das consequências, colocou em xeque toda comunidade produtora de leite, centenas de transportadores que nunca fraudaram nada e as ações das entidades pelo desenvolvimento da atividade.
LEIA NO SITE DA FOLHA ESPUMOSENSE
Postado por WM Internet
as 15:02
e tem
1 comentarios >
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Se o governo federal e estadual focem menos a Cuba e países de 5º que não trazem nada ao país de repente estas tragédias não aconteceriam.
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