A pergunta do dia é:

Vamos ser o único país do mundo a abrigar dois deputados que, após o expediente, serão algemados, embarcados no camburão e conduzidos à cadeia, onde passarão suas noites?

No STF, parece que a posição em relação a perda do mandato mudou depois que chegaram ao tribunal dois novos ministros: Teori Zavaschi e Luís Roberto Barroso.

A PEC dos Mensaleiros, proposta de emenda à Constituição que torna automática a cassação de parlamentares condenados em último grau por improbidade administrativa ou crimes contra a administração pública, está parada na Câmara há dois meses.  

Enfim, vamos assistir hoje mais um capítulo da Novela Brasil. O STF está julgando, na tarde desta quarta-feira, a terceira fase do julgamento do mensalão - a segunda rodada de embargos de declaração, como são chamados os recursos que visam corrigir eventuais contradições, omissões ou obscuridades do veredicto. Para 13 dos 25 réus, será o fim da linha. Sem a possibilidade de manejar novos recursos, já poderão ser enviados ao xadrez. 

Só que xadrez para cidadão de primeira linha é muito diferente de cidadão de segunda linha, como todos sabemos. O Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Brasília fez uma reforma ao custo de R$ 3,3 milhões para abrigar presos ilustres, entre eles os condenados ao regime semiaberto no processo do mensalão.