A escravidão acabou no Brasil em 1888. Mas os resquícios dessa prática abominável remete-nos até hoje. O que dizer da centenária Joventina Lopes de Queiroz que nasceu filha de escrava e viveu parte da sua vida como escrava também?
Joventina nasceu em Barros Cassal, em 1903 e viveu parte de sua vida em uma estrebaria, trabalhando e vivendo de restos de comida. Sua mãe, Alzira, era escrava. Seu pai, não se sabe o nome. Toda a gestação foi escondida e, quando o bebê nasceu, uma menina, a mãe, contam, queria dá-la aos porcos, mas a sinhá Landim a pegou pra criar, e 109 anos depois, dona Joventina conta sua história, ou os fragmentos de uma vida perdida pela memória.
Conta Zaída Lopes dos Santos, a filha mais nova de dona Joventina, que “a mãe dela, quando engravidou, passou nove meses escondida. Quando ela nasceu, a mãe queria atirar a negrinha no chiqueirinho, daí contam os parentes que a sinhá disse: ‘Olha, Alzira, se tu não quer criar essa negrinha não bota no chiqueirão com os porcos, dá essa negrinha pra mim'. (Sinhá) Pegou a negrinha, enrolou num pelego e levou pra casa”.
Dona Joventina é uma das 17 mil pessoas que ultrapassaram os cem anos no Brasil. Saiba mais sobre a incrível e triste história de Joventina na Revista Família Cristã.
Postado por WM Internet
as 12:11
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