Manter árvores na cidade também é forma de diminuir a poluição ambiental, melhorar a qualidade de vida e atrair biodiversidade. Por meio das trocas gasosas com o meio, elas são capazes de deixar o ar mais puro. Conheça alguns dos motivos para manter as árvores em pé:

Servem de bioindicador: Uma cidade sem árvores é um lugar com menor quantidade de abrigos para os pássaros. Um estudo feito por Carla Fontana, da PUCRS, mostrou que em Porto Alegre a riqueza (quantas espécies) e a composição (quais espécies) de aves é maior em áreas com mais verde. Cabe ressaltar que não é somente o número que interessa. Um ambiente com muitas árvores de poucas espécies é muito pobre em aves. O ideal é mantermos muitas espécies nativas.

Ar-condicionado natural: Em um dia de verão na cidade de São Paulo, por exemplo, a temperatura dentro de um parque pode ser até 2°C mais baixa do que em um trecho não arborizado em um cânion urbano — via cercada por edifícios, formando um “u” — ou em uma praça com vegetação. Se o cânion passasse a ser arborizado, a temperatura do ar poderia diminuir cerca de 1°C, mas a sensação térmica até 12°C. Os números são parte das conclusões de um estudo realizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Parques para a saúde: Sem verde, é menor a valorização estética do espaço urbano, o que implica em impacto cultural de aridez da paisagem e aspectos psicológicos negativos. Uma pesquisa realizada pela British Household Panel Survey, publicada no Journal of Environmental Science & Technology, mostrou que espaços verdes podem levar a melhorias significativas na área de saúde mental. Analisando pessoas ao longo de cinco anos, a pesquisa descobriu que mudar para uma área mais verde não só melhora o bem-estar momentâneo, mas o efeito continua nos anos seguintes. Os resultados sugerem que a ampliação de parques e jardins poderia trazer benefícios substanciais para a saúde pública.

Humor: Elas melhoram o humor, refrescam ambientes e atraem pássaros.

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