Aprovada na UFRGS, candidata estudou um semestre em escola americana.
Para desembargador, situação 'fere o objetivo das ações afirmativas'
A Justiça Federal negou recurso de uma candidata aprovada em psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pelo sistema de cotas – na modalidade para estudantes que cursaram ensino médio em escola pública. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) considerou que, por ter estudado um semestre nos Estados Unidos, ela não teria direito à vaga. Além do período no exterior, ela cursou o restante do 2º grau em uma instituição pública de Tapera.
No início do ano, ela teve indeferido o pedido de matrícula na modalidade de cota social para egressos do sistema público, com renda superior a 1,5 salário mínimo. Conforme a UFRGS, a Lei das Cotas está vinculada ao contexto histórico, político e social específico do país, portanto, o ingresso da candidata seria ilegal.
Em fevereiro, a jovem entrou com o mandado de segurança e sustentou violação do direito à educação. A jovem disse que estava sendo rejeitada por ter tido “a 'infelicidade' de ser agraciada, por seus méritos, com um intercâmbio de seis meses em escola pública americana”. A 6ª Vara Federal de Porto Alegre julgou o pedido improcedente, levando a autora a recorrer ao tribunal.
Na 4ª Turma, o relator do processo, desembargador federal Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, afirmou que a situação "fere o objetivo das ações afirmativas", que é facilitar a inclusão social dos menos favorecidos às universidades públicas, segundo o magistrado, "os quais não desfrutaram de estudos em instituições melhores do que aqueles matriculados, por exemplo, em escolas particulares ou beneficiados com bolsas de estudo".
"Entendo que a frequência em escola no exterior, em especial nos Estados Unidos onde se destaca a excelência de ensino, é impeditivo para o ingresso na universidade pública pelo sistema de reserva de vagas”, considerou o desembargador, acrescentando ainda que as universidades tem autonomia para estabelecer as regras de suas ações afirmativas.
'Privilégio', diz MPF sobre estudo nos EUA
O desembargador considerou ainda que a jovem não comprovou ter cursado o ensino médio em escola pública brasileira. E citou ainda parecer de um representante do MPF: "Ora, se o objetivo é justamente fomentar a igualdade de oportunidades àqueles estudantes provenientes da rede pública de ensino, onde este é sabidamente deficitário, as vagas na modalidade 'L3' (...) devem, necessariamente, ser preenchidas por candidatos egressos de escola pública, assim entendida aquela compreendida no sistema de ensino brasileiro em razão de ser sabidamente inferior qualitativamente. E note-se que estudar em colégio americano, ainda que 'público', é privilégio (se é que assim pode ser chamado) de uma minoria."
Postado por WM Internet
as 21:43
e tem
10 comentarios >
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Justiça: Pra quem você existe? Há coisas inacreditáveis!
Sem discussão, esta certa a decisão em primeira e segunda instância.
Pois é,
esse é o resultado de um sistema que desqualifica o talento e o estudo sério e 'prioriza' a baderna; implantado nesses quase 20 anos de esquerdismo em nosso país. Ao invés de ajudar a quem se destaca a seguir seus estudos, faz-se o contrário: sorrateiramente barram-se essas pessoas.
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Falando a linguagem popular: "abandonam-se" os inteligentes, e priorizam-se aqueles que não o são. O custo disso é muito maior por "ponto" de capital intelectual acumulado no país. Compare com países que premiam o talento e estudo e que estimulam os inteligentes a crescer ainda mais, e vejam o tamanho do abismo que separa nosso país dos outros.
O resultado é o que já se conhece: Brasil tem uma multidão titulados quase analfabetos, os piores índices mundiais em educação, mão de obra desqualificada, e por aí vai.
Não sei quem foi, mas imagino que se a pessoa tentou entrar na universidade pelo sistema de cotas, não deve ser nenhum milionário. Teve a infelicidade de se esforçar a aprender ingles e passar um semestre fora do país. Seria melhor ter ficado tomando mate em casa, do que estudando e se aperfeiçoando. Nosso "justo" sistema premia a vagabundagem, com o perdão da palavra.
Isso é revoltante. Isso está afundando a educação em nosso país. E educação é a base de toda e qualquer sociedade próspera.
Muda Brasil, pra ontem.
Se fosse filhinho de papai, a história seria outra... mmmaaasss....
Não sei bem como se deu isso mas se tratando de Brasil, é bem provável que tenha sido mais um disparate da "Justiça brasileira".
Isso prova mais uma vez. Que os que entram por cotas ou estudam em escolas públicas, por mais sábios que sejam não tem opORTUNIDADES. Mais uma vez o dinheiro é valor maior. Devido a isso que temos o Tiririca, o Jardel, o Romário etc... mandando no Brasil. Fazendo suas lei.
Acertada a decisão em primeira e segunda instancia, parabens ao desembragador pela colocação!
Sou totalmente contra cotas; acho que vagas dever ser conquistadas por merecimento. JUSTA DECISÃO!
VERDADE!!!!
Justa decisão. Sema mais.
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