Fui dos primeiros a pegar covid-19 no Rio Grande do Sul. Mal abriu a temporada do coronavírus, em março, e eu já estava infectado. Peguei seis dias de hospitalização. Tive dor de garganta, pneumonia e dificuldade para falar. Durante a internação, na PUCRS, passei dos 38 de febre e vi minha saturação de oxigênio cair a 93, o que, na minha idade, é baixo. Como não sabia que isso era ruim, ouvia e não me abalava. Pelo celular, mantive contato com amigos e familiares. Não fui entubado, não estive em UTI e não tive falta de ar. Mas fui perdendo a voz. Ao voltar para casa, saía um fiapo. Tive dificuldade para comer. Só conseguia colocar bem pouquinha comida na boca, mastigava muito devagar e sentia ânsia de vômito. Nunca perdi o olfato. Eis tudo? Foi isso e se acabou? Não. Em casa, passada uma semana da alta, comecei a ter sequelas. Primeiro, uma leve sensação de falta de ar. Depois, dor nas costas. Um dia, apareceu uma erupção na virilha. Controlava uma coisa, surgia outra. A voz saía aos saltos, aos solavancos, soltando guinchos de pneu furando ou de freio a ar. Precisei de otorrino, de pneumologista, de infectologista, de atendimento médico contínuo. Tive a alegria de encontrar médicos dedicados e competentes. Fiz tratamento com bombinha para asma, novidade absoluta na minha vida, combati um refluxo gastrointestinal, passei a ter acompanhamento de uma fonoaudióloga, oscilei entre um pouco de depressão e ansiedade, comecei a sentir fraqueza nas pernas, precisei fazer ecografia e mais exames de sangue. Confesso que me deu um enorme desânimo. Leia mais no Correio do Povo
Postado por WM Internet
as 10:37
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