As pessoas passam em média, por dia, de duas a quatro horas com a cabeça inclinada, lendo e escrevendo em seus smartphones e dispositivos. O chefe de medicina cervical, Kenneth K. Hansraj, começou a reparar na postura dos jovens que iam ao seu consultório reclamando de dores no pescoço e nas costas. O estudo publicado pelo cirurgião divulga que, com uma inclinação de 60 graus, a coluna cervical fica sob uma força de 27 quilos. 

“As pessoas (adultas) passam em média, por dia, de duas a quatro horas com a cabeça inclinada, lendo e escrevendo em seus smartphones e dispositivos. Acumulado, isso vai de 700 a 1.400 horas por ano com um estresse excessivo nas vértebras cervicais” diz  Kenneth K. Hansraj.  Ele adverte ainda que “a perda da curvatura natural aumenta o estresse nas cervicais e pode levar a um desgaste prematuro, degeneração e possivelmente cirurgias”. Seu estudo mostra que, no caso dos adolescentes, essa cifra poderia subir para até 5.000 horas.

Hansraj comenta que, uma vez que é impossível evitar as tecnologias que causam esses problemas, seria necessário um esforço para olhar para o celular em uma postura neutra e evitar passar horas e horas encurvado. Outra medida possível seria praticar exercícios com o pescoço. 

Ao observar alguém usando o celular, imagine que essa pessoa está carregando 27 quilos na cabeça, pressionando o pescoço. Dá pra imaginar as consequências disso! Ao longo do tempo e multiplicado por milhões de usuários teremos uma enfermidade própria do século XXI: pescoço de Whatsapp.