Sem vítimas ou representantes dos atingidos na plateia, o governo assinou na quarta-feira (2) o acordo extrajudicial com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton para reparar os danos sociais, ambientais e econômicos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. O acerto, que foi articulado pela Advocacia-Geral da União, envolve o governo federal, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo e as empresas. Tanto o Ministério Público Federal (MPF) como os Ministérios Públicos (MPs) de Minas Gerais e do Espírito Santo manifestaram repúdio ao texto e não compareceram ao evento, que ocorreu no Palácio do Planalto.
Na minuta divulgada com exclusividade pela Agência Pública, os três órgãos eram citados como participantes do acordo. Isso não ocorreu. Apesar da pompa da cerimônia, a íntegra do documento não foi apresentada – com a promessa de que só será tornada pública após a homologação dos termos pela Justiça. Foram revelados apenas alguns pontos do acerto, que estima os custos das reparações em R$ 20 bilhões. Na versão preliminar a que a Pública teve acesso, as empresas decidiriam como indenizar as vítimas, que não participariam de nenhum órgão ligado à Fundação que será criada para cuidar dos trabalhos de recuperação da bacia do Rio Doce e dos municípios e comunidades atingidos.
Postado por WM Internet
as 12:17
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