Em meio à interminável crise que assola as prefeituras brasileiras devido à queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, o enxugamento da máquina não é mais opcional, mas obrigatório para os gestores. Alguns deles, como os prefeitos de Espumoso, Derly Helder (e), de Santo Ângelo, Valdir Andres (c), e de Tapera, Ireneu Orth, se valeram da experiência de terem governado os seus municípios por mais de uma vez para antecipar pagamentos e cortar gastos. Exemplo para os mais de 300 prefeitos que vieram a Porto Alegre nesta semana pedir ajuda financeira ao governo do Estado.
Alguns gestores se anteciparam à crise e cortaram CCs, horas extras, diárias e outros gastos para garantir o funcionamento da prefeitura. Em Rolante, o prefeito Ademir Gonçalves (PDT) cortou na própria carne e reduziu o seu salário para colaborar. Ele projeta encerrar a gestão de quatro anos com uma economia de R$ 4 milhões.
Foto: Fernando Gomes
Enquanto mais de 100 prefeituras, segundo a Famurs, não têm condições de pagar o 13º em dezembro, o bônus salarial já foi pago para a maioria dos funcionários de Tapera e Espumoso. Em Santo Ângelo, o salário será quitado sem necessidade de ajuda do Estado.
— A crise não vai terminar. Estamos orientando que os prefeitos economizem até palito para não deixar de pagar a folha. Tem de pensar no 13º desde o início do ano, guardando para isso — afirma Andres, que é presidente da Famurs.
Em Arvorezinha, o prefeito Luizinho Fontana economizou e está podendo, inclusive, fazer obras.
— Meu nono sempre me dizia quando eu era criança: deixa um cantinho da carteira com o dinheirinho quieto, guri. É isso que eu faço e está dando resultado.
A redução da máquina nessas prefeituras não só ajudou a manter o salário em dia como mostrou aos prefeitos que uma administração inchada não compensa.
— Quanto tem muita gente, um acaba deixando para o outro — afirma Ireneu, de Tapera.
Texto Rosane de OliveiraMarcadores: Cidade, Política
Postado por WM Internet
as 22:39
e tem
3 comentarios >
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Isso mesmo. Esse é o caminho
Dá-lhe, Irineu, gestão é contigo mesmo.
Me engana que eu gosto!
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