Você é um Homo digitalis? Esta expresão vem se consolidando entre os pesquisadores atualmente e muitos estudiosos de debruçam para acompanhar a rotina de dezenas de usuários de redes sociais. A conclusão destas pesquisas divulgadas revelam um aparente paradoxo: ao mesmo tempo que redes sociais, notadamente o Facebook e o Twitter, são apresentadas como importantes ferramentas para o ativismo social e político, apontam para o incremento da sensação de solidão e um aumento de polarização ideológica, com a tendência de usuários tristes, solitários e invejosos.
Uma pesquisa apresentada em fevereiro pelos cientistas sociais alemães das universidades de Humboldt e Darmstadt aventurou-se por esse campo ao entrevistar 584 usuários da principal rede social da internet. Foi positiva a resposta à pergunta proposta no título do estudo: “Inveja no Facebook: uma Ameaça Escondida à Felicidade dos Usuários?” A inveja, dizem os alemães, foi a emoção mais comum entre os voluntários (jovens com menos de 30 anos), despertada justamente pela comparação entre as vidas dos usuários e aquelas dos amigos cuja existência idealizada aparentava estar à beira da perfeição.
Agora uma pesquisa publicada pela Public Library of Science, conduzida pelo Laboratório de Estudos da Emoção e do Autocontrole da Escola de Psicologia da Universidade de Michigan, concluiu que “quanto mais usa o Facebook, mais infeliz e solitário o sujeito é”. Centrada em jovens com menos de 30 anos, possibilita entender um pouco melhor os contornos do Homo digitalis. As perguntas eram enviadas diariamente cinco vezes, das 10 da manhã à meia-noite, por 14 dias, de forma ininterrupta, via mensagens de texto por celular. “Com isso fomos capazes de mostrar como o ânimo dos usuários mudava de acordo com o uso que cada um fazia do Facebook”, explica o pesquisador. A exposição ao Facebook apareceu diretamente ligada à sensação de infelicidade: quem passava mais tempo no site, mais infeliz havia ficado duas semanas depois da largada da pesquisa. Por outro lado, quanto maior o contato social direto, com amigos de carne e osso, sem mediação digital, maior a sensação de felicidade.
O assunto é controverso, até porque o estudo ainda é estatisticamente limitado, mas vale a reflexão: o Facebook te faz mais ou menos feliz?
Postado por WM Internet
as 10:40
e tem
6 comentarios >
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é ridículo ver como as pessoas expoem sua vida pessoal no facebook, parece que elas tem necessidade de mostrar para os outros que tem uma vida melhor que a deles. O que eu faço ou deixo de fazer só a mim interessa, mas tem alguns que extrapolam, depois querem se sentir ofendidos com certos comentários, e tb estão expostos a toda sorte de especulação por pessoas màs intencionadas
Sem falar que esquecem de ter uma vida social, principalmente com a família.
O que eu noto no face é também uma falsidade muito grande. Tem alguns que fazem é fantasiar e mostrar uma vida deslumbrante e cheia de virtudes e plenamente feliz, quando para quase todos os mortais o mundo é difícil, imperfeito com seus espinhos e faltas. Tem os hipócritas que são duas pessoas, uma na vida real e outra na internet. Eu não sinto inveja de ninguém, mas confesso que já cancelei muitas amizades justamente por isso: um sujeito que é praticamente um papa no Facebook, com suas mensagens religiosas e na vida real é ateu declarado. Tem os que nem conhecem seus amigos digitais pessoalmente, por isso a possibilidade de se deslumbrar com sua vida pode acontecer. Quando a propaganda é grande, desconfie, pois o bom produto se vende sozinho.
gostei dessa, vou usar:
Quando a propaganda é grande, desconfie, pois o bom produto se vende sozinho.
Tem que saber usar e não ser usado ....todo mundo so mostra o melhor...se voce nao está bem nao vai no face...simples assim...
Eu uso com cautela, geralmente ainda tiro sarro da minha própria cara. Mas noto que tem pessoas que querem provar a todo custo que são felizes. Eu, sinceramente, gostaria que todos conseguissem ser felizes mesmo, o mundo seria bem melhor.
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