OPERAÇÃO PÓLIS
Neste sábado, 16 de junho, a Polícia Cívil através da DEFREC e da 6ª Delegacia Regional desencadeiaram a Operação Pólis. Foram cumpridas 127 ordens judiciais na cidade de Passo Fundo.
Sob coordenação dos Delegados Diogo Ferreira e Adroaldo Schenkel, a operação visa o combate a lavagem de dinheiro e organização criminosa em Passo Fundo.
A investigação teve início em maio de 2015 após verificar que diversos veículos envolvidos na prática do conto do bilhete utilizados por indivíduos de Passo Fundo eram emplacados em outras cidades.
O estelionato, na modalidade de conto do bilhete premiado, é prática bastante antiga, vem desde a velha loteria esportiva. consiste em simulação (teatral) que envolve vários autores visando rápido lucro financeiro com a ação criminosa.
O modo de ação (mais comum) é aquele em que um primeiro estelionatário (o “humilde”) simulando extrema humildade/analfabetismo (vestido dessa forma) aborda a vítima (geralmente pessoa idosa/bem vestida/jóias/indicativos de boa situação financeira) nas imediações de bancos. essa pessoa pergunta onde fica a caixa federal, depois solicita ajuda, pois refere ter um bilhete lotérico premiado.
Na sequência da conversa, aproxima-se um segundo estelionatário (este bem vestido e comunicativo, geralmente dizendo ser advogado ou médico, o “esperto”) que também se propõe a auxiliar o “humilde”. o “esperto” simula então uma ligação para a caixa econômica federal e eis que surge o terceiro estelionatário, o “bancário”. a partir daí o esquema passa a ter a seguinte sequência de ações:
1º - Há a confirmação (por viva voz ou com o celular sendo passado para a vítima) dos números sorteados e do valor do “prêmio” (geralmente bastante alto).
2º - O “bancário” informa documentação e condições para “sacar o prêmio”.
3º - O “humilde” alega que não possui os documentos, que não tem instrução e pede auxílio para a vítima e para o “esperto”, prometendo gorda gratificação pelo “auxílio”, porém para entregar o “bilhete premiado” quer alguma garantia.
4º - O “esperto” de pronto exibe/entrega um pacote de “dinheiro” (geralmente maço de papel, apenas com as bordas com notas verdadeiras).
5º - A vítima então se propõe a participar do “auxilio” e vai (com o “humilde” e o “esperto” no carro deles) em busca de dinheiro (saques em Bancos) ou mesmo arrecadando joias que possui para prestar sua parte na “garantia”.
6º - Após à entrega da garantia, a vítima é abandonada e o golpe concluído.
Por vezes, a vítima acaba percebendo o golpe (no curso da ação) e tenta desistir, então é roubada, sofrendo a ação com emprego da violência, mesmo que psicológica.
Passo Fundo neste crime é destaque, é o verdadeiro berço dessas quadrilhas especializadas que aplicam esse golpe. ocorre que os estelionatos raramente são aplicados apenas na cidade. Os membros das quadrilhas viajam por todo o RS, SC, PR, inclusive SP e MG. Aqui se organizam, treinam o “teatro”, organizam os grupos para as incursões, adquirem/alugam carros e, posteriormente, para cá remetem os valores (contas de parentes ou laranjas). Também usam adquirem vários bens de forma a ocultar a origem, integrando patrimônio incompatível com suas rendas lícitas. São movimentados altos valores na aquisição de jóias caríssimas, bens imóveis e móveis de expressivo valor, tudo com a utilização de recursos financeiros oriundos da atividade criminosa.
A investigação da Polícia Civil identificou o esquema voltado especialmente para a prática de simulação de propriedades em nome de terceiros.
Participaram mais de 430 policiais, entre agentes e delegados, de diversas regiões do Estado. 140 viaturas e 1 helicóptero foram usados na Operação, que contou com o auxílio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos - GIE e da Divisão de Apoio Aéreo da Polícia Civil.
Fonte - POLÍCIA CIVIL - 6ª DPRI - PASSO FUNDO
Postado por WM Internet
as 10:55
e tem
2 comentarios >
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Se isso nao é ganância q q é?
E do golpista e vitima.
Passo Fundo não é o berço.É somente onde foi disseminado o vírus.A bactéria mesmo veio na esquadra de Cabral.
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