A quarta-feira pós-feriado de Tiradentes amanheceu com jeitinho de segunda-feira. Muita gente não fez feriadão e trabalhou na segunda-feira, mas os afazeres da semana acumularam e a quarta-feira começou bem animada.

Nas redes sociais, a discussão ficou por conta da Medalha da Inconfidência concedida pelo governo mineiro ao presidente do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile. Houve atos de repúdio à iniciativa do governador Fernando Pimentel (PT) na cidade histórica de Ouro Preto, local do evento, e em Belo Horizonte, capital mineira.

Por outro lado, a economia brasileira sempre garante manchetes cada vez mais preocupantes. O ajuste fiscal deve ficar em R$ 60 bilhões. O governo nem cogita cortar privilégio dos políticos, pelo contrário, anunciou a triplicação do valor que é repassado ao fundo partidário. Não é para menos que o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa classificou a atitude como “escárnio” ao povo brasileiro. O balanço da Petrobras será divulgado hoje e deixa o mercado em grande expectativa, pois se não fosse divulgado, a empresa enfrentaria uma cobrança imediata de 110 bilhões de dólares - quase toda a receita anual e mais do que o valor de mercado da companhia.

E o povo brasileiro discute até que ponto é culpado pela corrupção que aí está. Alguns atos pouco éticos foram apontados como 'incentivadores' da corrupção governamental, tais como dar/aceitar troco errado; roubar TV a cabo; furar fila; comprar produtos falsificados. Como se aceitando pequenas corrupções estivéssemos legitimando grandes corrupções. Não há unanimidade em relação a essa discussão, há unanimidade em relação ao tamanho da corrupção no Brasil: nunca foi tão grande e generalizada. E nenhum tipo de desculpa ameniza o fato de que uma quadrilha criminosa vem drenando o dinheiro público brasileiro que, afinal de contas, é resultado do esforço de todos e todas.